O que sabem os jovens sobre Contraceção?

A contraceção é um tema crucial para a saúde e o bem-estar dos jovens, mas é muitas vezes rodeado de mitos, desinformação e falta de conhecimento. Enquanto Sociedade Portuguesa da Contraceção, é nossa missão promover a educação sobre métodos contracetivos seguros e eficazes, mas também informar sobre inovações nesta área – algumas delas já a pensar no impacto ambiental.

As tendências atuais na contraceção refletem uma crescente preocupação com a saúde global e o impacto no nosso planeta. A esse propósito, um conceito inovador que está a ganhar cada vez

mais destaque é o da “Contraceção Verde”, um termo que se refere ao uso de estrogénios similares aos produzidos naturalmente pelo nosso organismo, na pílula anticoncecional combinada.

Esta abordagem representa um avanço importante na contraceção, combinando eficácia com responsabilidade ambiental, minimizando os potenciais efeitos negativos no ecossistema, especialmente nos ambientes aquáticos onde os resíduos hormonais frequentemente acabam.

A importância da educação contracetiva para os jovens

É fundamental que os jovens tenham acesso a informações precisas e abrangentes sobre contraceção, incluindo estas novas opções mais ecológicas. Saber mais não só os ajuda a fazer escolhas informadas sobre a sua saúde sexual, mas também contribui para a redução de gravidezes não planeadas, a prevenção de infeções sexualmente transmissíveis (ISTs) e ainda promoção de práticas mais sustentáveis.

Para garantir que os jovens façam escolhas seguras, acertadas e benéficas para a saúde global, é essencial seguir alguns aspetos importantes:

  • Parte do estilo de vida saudável: O aconselhamento contracetivo deve ser apresentado como parte de um estilo de vida saudável global, não como um tópico isolado.
  • Compreensão do risco: É crucial reforçar que o risco de gravidez e ISTs existe independentemente da idade ou da frequência das relações sexuais.
  • Comunicação clara e sem julgamentos: As informações devem ser fornecidas de forma clara e concisa, sem juízos de valor que possam intimidar os jovens.
  • Confiança e privacidade: Para ganhar a confiança dos adolescentes, é fundamental garantir privacidade, confidencialidade e valorizar as suas opiniões.
  • Liberdade de escolha: Os jovens devem ter a liberdade de escolher o método contracetivo que melhor se adapte às suas necessidades, expectativas e condição médica.
  • Segurança dos métodos: É importante salientar que, para adolescentes saudáveis, não existem métodos contracetivos contraindicados.
  • Simplicidade no acesso: Na maioria dos casos, adolescentes saudáveis não precisam de exames complementares de diagnóstico para iniciar a contraceção.
  • Promoção da adesão: Para incentivar o uso consistente, é crucial explicar os benefícios e possíveis efeitos adversos, além de fornecer orientações claras sobre como lidar com falhas contracetivas.
  • Dupla proteção: É fundamental aconselhar sobre a importância da “Dupla Proteção” – o uso de preservativo em conjunto com outro método eficaz.
  • Minimização de barreiras: As adolescentes assintomáticas geralmente não necessitam de exame ginecológico, exceto se optarem por um método intrauterino.
  • Contraceção de emergência como oportunidade: A procura por contraceção de emergência deve ser vista como uma oportunidade para iniciar um método contracetivo regular e eficaz.

Temos a responsabilidade de capacitar os nossos jovens com o conhecimento necessário para fazerem escolhas informadas sobre a sua saúde sexual e reprodutiva.

Ao fornecer informações acessíveis, abrangentes e sem julgamentos sobre todas as opções disponíveis, incluindo métodos mais ecológicos, podemos ajudar os jovens a navegar neste aspeto importante das suas vidas com confiança e responsabilidade. Lembremos sempre que a educação é a chave para uma contraceção segura, eficaz e benéfica para todos, incluindo o nosso planeta.

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